MÉDICOS NA FAIXA DE GAZA TRABALHAM SEM MORFINA E ANALGÉSICOS, ALERTA ONG

Médicos e profissionais de saúde na Faixa de Gaza enfrentam desafios angustiantes devido à falta de suprimentos médicos essenciais, incluindo morfina e analgésicos, como resultado do cerco israelense contínuo e dos bombardeios constantes na região. Segundo a organização Médicos Sem Fronteiras, pacientes, incluindo crianças, estão sendo submetidos a procedimentos cirúrgicos sem o alívio adequado da dor devido à escassez desses medicamentos vitais.

Leo Cans, chefe da missão dos Médicos Sem Fronteiras em Jerusalém, destacou a necessidade crítica de kits de trauma e cirurgia nos hospitais de Gaza. Ele relatou que os médicos estão sendo forçados a realizar cirurgias complexas sem acesso à quantidade adequada de narcóticos, o que é fundamental para o controle da dor. Esta situação angustiante resultou em crianças sendo submetidas a cirurgias sem o necessário alívio da dor, uma situação extremamente preocupante para a comunidade médica.

Cans enfatizou que “não há justificativa para impedir que esses medicamentos essenciais cheguem à população”, sublinhando a necessidade urgente de permitir o acesso a esses recursos vitais para aliviar o sofrimento dos pacientes.

A situação na Faixa de Gaza é agravada pelo bloqueio israelense, que foi considerado “inexprimivelmente cruel” por especialistas da ONU e uma violação do direito internacional. As famílias na região estão enfrentando circunstâncias extremamente difíceis, inclusive escrevendo os nomes de seus filhos em seus corpos como medida de identificação em caso de tragédia. O acesso limitado a combustível também impactou o funcionamento dos hospitais e o abastecimento de água, levando muitos a consumir água não tratada e, como resultado, enfrentar surtos de doenças gastrointestinais.

Leo Cans também fez um apelo veemente pelo fim dos “bombardeios indiscriminados”, enfatizando a importância de respeitar as regras internacionais que proíbem ataques a civis, especialmente a presença de muitas crianças e mulheres em instalações médicas. Esta situação enfatiza a necessidade urgente de abordar a crise humanitária em Gaza e fornecer o apoio necessário para aliviar o sofrimento da população.

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